O número de reclamações, este ano, relacionados com gastos dos consumidores para iluminar, cozinhar e aquecer as habitações, aumentou face às 7.392 queixas registadas pela Deco entre janeiro e outubro do ano passado.
Carolina Gouveia, coordenadora deste gabinete da Deco, adiantou à Lusa que os gabinetes vão funcionar no continente e no arquipélago da Madeira, e que nos Açores a associação pretende promover parcerias. A responsável explicou que gabinetes semelhantes já existem em outros oito países europeus.
Financiado por fundos europeus, do programa H2020, o Gabinete de Aconselhamento de Energia — GAE, hoje inaugurado pela Deco, pretende prestar aconselhamento personalizado e detalhado aos consumidores sobre energia, tendo em vista combater a pobreza energética, como dificuldades em aquecer as casas devido a dificuldades financeiras ou outras situações de falta de capacidade de assegurar os níveis mais básicos de energia.
A equipa do GAE, que recebeu formação específica na área, pretende informar e ajudar a melhorar a eficiência energética, gerindo os seus consumos, ajudando a compreender o funcionamento do mercado de energia e a recorrer a mecanismos de apoio em situação de pobreza energética.
“Apoios como a tarifa social, acesso a incentivos financeiros do Fundo Ambiental, mudança de comercializador ou de tarifa são recomendações que podem ser dadas” pelo gabinete, explicou Carolina Gouveia, adiantando que também podem ser propostas aos consumidores medidas de baixo custo, como calafetar janelas ou mudar lâmpadas, e de elevado custo, como candidatar-se a apoios para colocar janelas novas ou escolher um frigorífico de baixo consumo energético.
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