A greve, avisam no comunicado, abrange todos os enfermeiros, independentemente do vínculo laboral, e tem a forma de “paralisação total e com abandono do local de trabalho”.
Os sindicatos protestam nomeadamente pela não conclusão de um acordo coletivo de trabalho que contemple, entre outras matérias, a categoria de enfermeiro especialista, e exigem o descongelamento da carreira, reivindicando que “o Estado deve aos enfermeiros 13 anos, 7 meses e 25 dias nas progressões”.
José Correia Azevedo, presidente do SE, disse à Lusa que o pré-aviso de greve surge na sequência do “silêncio” do Governo em relação às propostas dos sindicatos.
Na quarta-feira, depois de uma reunião com representantes dos ministérios das Finanças e da Saúde, José Correia Azevedo já tinha dito que os sindicatos, juntos na Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE), admitiam marcar greve para agosto caso se mantivessem com o Governo as reuniões inconclusivas que duram desde agosto passado.
José Correia Azevedo explicou que a greve avançaria se o Governo não respondesse à proposta de acordo coletivo apresentada pelos enfermeiros.
Ouvido hoje de novo pela Lusa o sindicalista disse que da parte do Governo “não houve qualquer contacto ou proposta”.
A FENSE, no entanto, acrescentou, mantém-se na expectativa de que o Governo ainda possa responder às pretensões dos sindicatos. “Tem tempo mais do que suficiente”, disse.
A FENSE está a negociar há um ano, com o Governo, uma carreira especial de enfermagem, mas segundo o sindicalista ainda não se saiu sequer da primeira cláusula.
Os sindicatos garantem que os serviços mínimos serão respeitados.
Notícia atualizada às 18:34
Comentários