Essas são apenas algumas das propostas da sala gerida pela Academia de Música de Espinho e pela Escola Profissional de Música de Espinho, que no primeiro trimestre de 2019 também aí acolhem concertos como o dedicado ao repertório do compositor Luís Freitas Branco (1890-1955) e até uma exposição da ilustradora Constança Araújo Amador.
“A ideia principal da programação do Auditório de Espinho continua a ser a da diversidade, sem cedências”, declara à Lusa o programador dessa sala de espetáculos, André Gomes. “O público confia-nos a apresentação de propostas que fogem aos radares do ‘mainstream'” e assumimos essa responsabilidade – e esse risco”, realça.
A programação do primeiro trimestre de 2019 aposta assim em “nomes históricos e novos valores do jazz, duas joias da folk norte-americana, teatro de marionetas e ainda na música clássica, que é, como se sabe, uma das marcas do Auditório”.
Um dos destaques desse cartaz é “o mestre do jazz italiano Enrico Rava”, que, “do alto dos seus 80 anos”, se apresentará em palco em quarteto, num registo que André Gomes descreve como “incansável e sempre constante”.
No mesmo género musical, mas com assinatura portuguesa, o Auditório de Espinho irá também receber o vibrafonista português Eduardo Cardinho, cujo álbum “Black Hole”, de 2016, foi considerado “um dos melhores discos de jazz do ano”.
Embora com tónica luso-galaica, outra proposta dentro do mesmo género é o concerto pela Orquestra Jazz de Matosinhos com solos do trompetista galego Ricardo Formoso, sob direção musical de Paulo Perfeito e Daniel Dias.
Dos Estados Unidos chegam depois dois novos nomes da folk americana: Laura Gibson, que se apresentará em Espinho “a solo, num concerto intimista com o mais recente disco ‘Empire Builder'”, e Josephine Foster, que dará a conhecer o álbum “Faithful Fairy Harmony”, lançado em novembro de 2018.
Entre as duas propostas de música erudita anunciadas para o auditório, a primeira é a da Orquestra Clássica de Espinho, com o barítono Tiago Amado Gomes, direção musical de Jean-Marc Bufin e “obras russas e americanas do Romantismo e do Modernismo”, e a segunda é o recital com obras de Luís Freitas Branco pelo violinista Nuno Soares e pelo pianista Youri Popov.
Quanto a temáticas paralelas à música, o primeiro trimestre de 2019 do Auditório de Espinho faz-se com uma mostra de ilustração por Constança Araújo Amador, cujas criações se relacionam sobretudo com poesia portuguesa, e completa-se com o festival Mar-Marionetas, cuja 13.ª edição levará a essa sala os espetáculos “Poemas Visuais”, da companhia catalã Jordi Bertrán, e “Lobo Mau”, do coletivo portuense Red Cloud.
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