“Era um amigo, não o podia considerar como patrão. Era um amigo, uma pessoa impecável, um bocado rigoroso, tal como era com ele mesmo, mas era um companheiro”, disse emocionado.
De acordo com o motorista, o empresário de Campo Maior, no distrito de Portalegre, que faleceu no domingo aos 91 anos, preocupava-se com os seus trabalhadores e estava “sempre a pensar” como poderia criar mais uma empresa e postos de trabalho.
“Olhava sempre para as nossas necessidades, sobre o que fazia falta, sobre o que não fazia, sempre a ajudar o próximo, sempre a pensar como criar mais uma empresa, mais uma situação para criar postos de trabalho, era um empresário de sucesso”, recordou.
Emídio Caramelo relembrou ainda que, no decorrer das viagens, ambos falavam “de tudo”, mas principalmente do dia-a-dia das empresas de Rui Nabeiro.
“Falávamos de tudo nas nossas viagens, falávamos da máquina que avariou que podia ter sido melhor, falávamos do engenheiro da fábrica, falávamos do dr. do escritório, se havia mais ou menos trabalho, tínhamos liberdade entre os dois”, sublinhou.
“Tinha dias que, às vezes, a vida não lhe corria tão bem, mas depois ele virava o tema e ficava bem-disposto, dava sempre a volta ao tema para ficar tudo bem-disposto”, acrescentou.
O empresário Rui Nabeiro, fundador do Grupo Nabeiro - Delta Cafés, morreu no domingo, aos 91 anos, vítima de doença, no Hospital da Luz, em Lisboa.
As cerimónias fúnebres decorrem na Igreja Matriz de Campo Maior, desde as 12:00 de hoje, seguindo-se, na terça-feira, a partir da mesma hora e na mesma igreja, a missa de corpo presente, informou a família. O cortejo fúnebre seguirá, depois, em direção ao Cemitério Municipal da vila.
Manuel Rui Azinhais Nabeiro nasceu em Campo Maior, vila do interior do país, no distrito de Portalegre, junto à raia com Espanha, em 28 de março de 1931.
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