Questionada sobre se recebeu alguma queixa sobre notícias falseadas ou manipuladas, fonte oficial da ERC disse que, "em 2018, a entidade registou a entrada de duas participações especificamente sobre o fenómeno 'fake news'".
Segundo a mesma fonte, "uma das participações pautou-se por considerações gerais, sem concretização do objeto e, nessa medida, foi arquivada".
Relativamente à outra queixa, esta referia-se a "um sítio 'online' reportado como difusor de notícias falsas, estando ainda em apreciação pelos serviços".
Este ano, "até à data, não há registo de qualquer participação", concluiu a mesma fonte.
No ano passado, a Assembleia da República pediu à ERC para que elaborasse "um documento com o seu pensamento estratégico sobre essa matéria, a remeter ao parlamento”, para, eventualmente, os deputados tomarem iniciativas legislativas.
Questionada pela Lusa sobre se recebeu queixas relativas a 'fake news', fonte oficial da Procuradoria Geral da República (PGR) disse não ser possível "fornecer os dados solicitados, uma vez que os inquéritos são registados por tipo de crime e a factualidade em causa não configura nenhum tipo específico".
As ‘fake news’, comummente conhecidas por notícias falsas, desinformação ou informação propositadamente falsificada com fins políticos ou outros, ganharam importância nas presidenciais dos EUA que ditaram a eleição de Donald Trump, no referendo sobre o ‘Brexit’ no Reino Unido e, mais recentemente, nas presidenciais no Brasil, em que as sondagens deram vantagem ao candidato de direita, Jair Bolsonaro, que ganhou as eleições.
Em Portugal registaram-se alguns casos de ‘fake news’, nomeadamente um que envolveu a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, por alegadamente usar um relógio avaliado em 20 milhões de euros.
O DN, que abordou o assunto, noticiou a existência de ‘sites’ sediados no Canadá que alojam notícias falsas sobre a política portuguesa, ligados a uma empresa de Santo Tirso.
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