"Se Deus quiser, a nossa nação, aqui e no estrangeiro, avançará em direção ao futuro depois de ter sido feita a escolha esperada", declarou Erdogan, depois de votar em Istambul, realçando que o referendo não é um escrutínio "vulgar" para transformar o sistema de governo da Turquia.
Cerca de 58 milhões de turcos vão pronunciar-se hoje, em referendo, sobre uma reforma constitucional proposta pelo Presidente da Turquia, que substitui o sistema parlamentar por um regime presidencialista.
Se a reforma for aprovada, o cargo de primeiro-ministro é eliminado e os seus poderes são transferidos para o chefe de Estado.
A vitória do “sim” permitirá ainda concretizar 18 reformas constitucionais que fornecem ao Presidente o poder para designar ministros e altos responsáveis oficiais, nomear metade dos membros da mais alta instância judicial do país (HSIK), declarar o estado de emergência e emitir decretos.
Para os apoiantes de Erdogan, o mentor desta consulta eleitoral, as alterações à Constituição vão introduzir a estabilidade de que o país necessita. Os opositores receiam que apenas signifique mais um passo em direção a um regime autocrático controlado pelo atual “homem-forte” da Turquia.
Na reta final da campanha as sondagens mais credíveis indicavam que o “sim” e o “não” ao novo sistema presidencialista estavam praticamente empatados, com alguns estudos de opinião a referirem-se a apenas meio ponto de diferença.
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