No ano letivo 2018/2019, o número de computadores disponíveis nas escolas foi reforçado com 5.134 equipamentos, invertendo a tendência decrescente dos anos anteriores, mas são precisos muitos mais para renovar estes recursos.
“O parque informático das escolas acusa algum desgaste já que em 2018/19 a percentagem de computadores com mais de três anos, apesar de inferior à do ano anterior (-1,4 pp), é ainda muito significativa (83,7%)”, lê-se no relatório.
No total, as escolas do continente tinham, no ano letivo passado, 276.566 computadores, a maioria dos quais (92,5%) tinha ligação à Internet.
Em média, cada computador é dividido por cinco alunos do ensino público, um número que aumenta para seis no 1.º ciclo. Por outro lado, é no secundário que cada computador tem de ser partilhado por menos alunos, mas mesmo assim são quatro estudantes por equipamento.
No capítulo que dedica aos recursos de aprendizagem, o CNE sublinha a importância da presença das tecnologias digitais no ensino, pela sua influência no processo de ensino-aprendizagem, mas também na preparação dos jovens para o futuro.
“É suposto a escola preparar os jovens para a vida no mundo digital e para a inserção no mercado de trabalho, de modo a evitar a exclusão social dos que não detêm competências neste domínio”, lê-se no relatório.
Referindo dados de um inquérito da União Europeia relativo a 2017-2018, o CNE aponta ainda que, apesar da quebra de 28% registada nesse ano, “as escolas portuguesas estavam mais equipadas e conectadas digitalmente, em todos os níveis e ciclos de ensino (do 1º CEB ao ensino secundário), do que a média dos países da UE”.
Ainda assim, de acordo com um outro estudo, o “International Computer and Information Literacy Study”, realizado em 2018, apenas 7% dos alunos portugueses indicou usar essas tecnologias para realizar atividades escolares. Do lado dos professores, destacaram-se as queixas com a “falta de computadores eficientes”.
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