A polaca Olga Tokarczuk e o nigeriano Wole Soyinka, vencedores do prémio Nobel de Literatura em 2018 e 1986, respetivamente, protagonizam duas principais mesas de autor no festival que decorre na vila, entre os dias 06 e 16 de outubro.
Olga Tokarczuk junta-se a Carlos Vaz Marques, no dia 08, para uma conversa sobre “Limites”, enquanto Wole Soyinka debaterá o tema “Infância” com José Mário Silva, no dia 15.
Entre os escritores de uma dezena de países, que participam nesta edição do Folio, o programa tem lugar para a conversa entre Hernández Diaz e Manuel Vilas (dia 08), no mesmos dia em que Eduardo Halfon e Sandro William Junqueira protagonizam outra das mesas.
Nas conversas do Folio juntam-se ainda Paulo Mason e Mariana Mortágua (07), Mia Couto e José Manuel Gameiro (09), Ricardo Araújo Pereira e Daniel Oliveira (12), António de Castro Caeiro e Matilde Campilho (14) e, no ultimo dia, o comediante britânico David Baddiel e o guionista brasileiro António Prata.
Numa edição em que se discute o poder, o Folio senta à mesma mesa a israelita Zeruya Shalev e o descendente de refugiados Daniel Blaufuks, Natasha Brown e Katie Kitamura, Pilar Quintana e Bernardine Evaristo, assim como Joke J. Hermsen e Djaimilia Pereira de Almeida.
Gonçalo M. Tavares promove, pelo segundo ano consecutivo, um curso literário, agendado para os dias 08 e 09 e o Folio será de novo palco da entrega do Prémio Fernando Leite Couto, que, pela primeira vez, destaca dois jovens escritores moçambicanos: Maya Ângela Macuacua e Jeremias José Mendoso.
No que toca a lançamentos, destaque para a apresentação de 62 obras, entre as quais “Vida e Morte”, de Monja Coen; “O Rio Infinito”, de Mia Couto e Danuta Wojciechowska; “A Batalha do Paraíso Triste”, de Cose Ramón Pena e “A intuição da Ilha”, de Pilar del Rio, apresentada numa sessão marcada pela projeção de excertos do filme “José e Pilar”.
De entre as 16 exposições integradas nos programa destaque para a “PIM!”, VII mostra de ilustração, com inauguração marcada para o dia 08, na Galeria Nova oliva, onde terá lugar a entrega do Prémio Nacional de Ilustração (PIN). Este ano os ilustradores foram convidados a completar e a ilustrar a frase “Ai, se eu mandasse…”, retirada do livro “A Cruzada das Crianças”, de Afonso Cruz.
Um seminário internacional e mais de 15 oficinas são algumas das atividades programadas no âmbito do Folio Educa, capítulo do festival que este ano tem como novidade a realização de ações nas escolas do concelho. No que toca ao Educa outras das novidades será a realização da 1.ª Bienal Cultura e Educação, marcada para o dia 10, na Casa da Música.
Mais de 30 concertos programados nos capítulos Folia e Boémia são outros dos atrativos dos festival que este ano conta com um dia de programação dedicada a cada uma das freguesias dos concelho intensificou a aposta na área do cinema com a apresentação de filmes e documentários.
Um Míni Mercado Ilustrado, um jantar literário, um ‘workshop’ com ilustradores e uma caminhada literária são outra das proposta do festival que neste edição lança também um capitulo dedicado à inclusão, marcado pelo seminário “Vamos ler todos juntos”, traduzido em língua gestual e palco do pré-lançamento do livro multiformato “O sonho de Laurinha”.
Folio Autores, Educa, Ilustra, Folia, Mais, BD e Boémia são os capítulos do festival que teve a sua primeira edição em 2015, num investimento de meio milhão de euros, comparticipados por fundos comunitários.
Suportado nos anos seguintes a Câmara de Óbidos o Folio conta esta ano com um orçamento de 385 mil euros.
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