Após duas moções de censura, o líder conservador esloveno, acusado de imitar as políticas e o estilo autoritário do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, enfrenta um processo de destituição que pode encurtar o seu terceiro mandato.

Admirador assumido do ex-Presidente norte-americano Donald Trump, o líder conservador, de 62 anos, terá, segundo a oposição deste país de dois milhões de habitantes, limitado os direitos dos seus cidadãos sob o pretexto da luta contra a pandemia do novo coronavírus.

Os seus opositores acusam-no de pressionar o poder judicial e atacar os meios de comunicação social na rede social Twitter, o que lhe rendeu a alcunha de “Marechal Twitto”, em referência ao ex-Presidente Josep Tito, da antiga Jugoslávia, da qual a Eslovénia fazia parte.

O resultado da votação de destituição permanece incerto: 38 dos 90 membros eleitos do Parlamento apoiam o Governo, dependendo de parlamentares independentes para evitar a saída do primeiro-ministro.

Quase todas as sextas-feiras milhares de pessoas têm-se manifestado no centro da capital, Ljubljana, para expressar o seu “imenso descontentamento”, repetindo a frase “Parem o ditador”, que segundo diversas sondagens apenas reúne 30% de opiniões favoráveis.

O líder esloveno tem ignorado as advertências da Comissão Europeia, que incluiu avisos ao país no seu relatório sobre o estado de Direito, publicado em setembro de 2020 e, recentemente, instou-o a preservar “a pluralidade dos meios de comunicação”.

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