A votação repetiu-se, Rajoy precisava de mais votantes a favor do que contra a sua investidura, mas falhou. Nada mudou desde a última votação realizada há 48 horas. 180 votos contra, 170 votos a favor da intenção de Rajoy formar governo. O impasse que dura desde dezembro do ano passado vai continuar.

Durante o debate, que durou cerca de uma hora. Mariano Rajoy disse que "não há alternativa a um governo liderado pelo PP".

O líder dos socialistas, Pedro Sánchez, diz que "ninguém confia em Rajoy, nem mesmo as pessoas que votaram a favor da investidura".

O líder do Podemos disse que "houve uma mudança em Espanha, que Rajoy não entende" e afirmou que "mais tarde ou mais cedo, governaremos e isso não será o caos, é a normalidade democrática", até porque "este país já não são dois partidos", concluiu.

Albert Rivera, que lidera o partido que tem um acordo com o PP, teve a declaração mais polémica do final de tarde. Rivera diz que "ter terceiras eleições é pouco democrático", porque "umas terceiras eleições é dizer aos espanhóis que o seu voto não vale nada".

E pediu desculpa aos eleitores por não "ser capaz de arranjar uma solução para desbloquear o país".

O porta-voz adjunto da Esquerda Republicana da Catalunha, um partido pró-independência da região autónoma, disse com um auxilio de um gráfico, que "a Catalunha é um país diferente, que votava de forma diferente", numa alusão ao bipartidarismo que impera entre os partidos mais votados na maioria das províncias espanholas.

Entretanto já se conhece um acordo entre o PP e o PSOE para que a data das eleições não calhe a 25 de dezembro. O Porta-voz do PP no Congresso, Rafael Hernando, disse hoje que há um acordo para mudar a lei e que, caso sejam marcadas novas eleições, a campanha seja reduzida para que o ato eleitoral não aconteça no Dia de Natal.