O casal foi despejado da sua habitação em Esmoriz, Ovar, em outubro de 2016 por causa de uma dívida.

Desde então, vivem num carro estacionado num terreno baldio, junto à linha de comboio em Espinho e lutam para recuperar a segunda casa que têm e que se encontra arrendada a inquilinos que não pagam a renda desde julho de 2016.

Os advogados de ambas as partes estiveram reunidos antes do início do julgamento da ação de despejo, que estava agendado para hoje no Tribunal de Ovar, e chegaram a um entendimento.

“Não chegámos a ir à sala de audiências. Foi tudo decidido no gabinete da juíza entre os advogados dos autores e o advogado da ré”, disse à Lusa a advogada Teresa Azevedo que defendeu gratuitamente o casal, juntamente com o seu colega Filipe Gonçalves.

A causídica explicou que os inquilinos vão ter de entregar a casa aos seus clientes até ao dia 28 de fevereiro e pagar sete mil euros, relativo às rendas em atraso.

“Se não entregarem a casa, vão ter de pagar dois meses de renda por cada mês que ali permaneçam”, adiantou a advogada.