“Os soldados do califado detonaram um engenho explosivo numa concentração de crentes (…) na cidade de Marawi”, afirmou o grupo ‘jihadista’ num comunicado publicado da rede Telegram.
A explosão ocorreu durante uma missa no ginásio da Universidade Estatal de Mindanau, em Marawi, a maior cidade muçulmana do país, declarou o chefe da polícia regional, Allan Nobleza.
Um outro oficial da polícia, Emmanuel Peralta, indicou que quatro pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas no rebentamento de um engenho explosivo artesanal.
Em comunicado, o Presidente filipino, Ferdinand Marcos, condenou os atos “insensatos e particularmente hediondos perpetrados por terroristas estrangeiros”.
O Papa Francisco afirmou estar “próximo das famílias, dos habitantes de Mindanau, que já sofreram tanto”.
Em 2017, Marawi foi palco de um confronto sangrento, depois de grupos fundamentalistas alinhados com o Estado Islâmico (EI) terem tomado parcialmente a cidade, onde entraram com bandeiras do EI.
Durante cinco meses, o exército filipino combateu os extremistas até a cidade ser libertada, numa batalha que fez mais de 1.200 mortos – 978 fundamentalistas islâmicos, 168 soldados e 87 civis.
A ilha de Mindanau, onde cerca de 20% da população é muçulmana, tem sido palco de décadas de conflito entre o Governo e vários grupos extremistas, incluindo a organização Abu Sayaf e o Grupo Maúte, ambos associados ao EI.
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