“Mantemos inteira confiança nas conclusões britânicas segundo as quais os dois suspeitos eram oficiais do serviço de informações militares russo (…) e que esta operação foi decerto aprovada a um alto nível do Governo [russo]”, declaram os dirigentes das quatro potências ocidentais aliadas num comunicado publicado por Downing Street e também assinado por Londres, um dia após a emissão de um mandado de captura europeu contra os dois homens.
“Exortamos a Rússia a fornecer à OIAC [Organização para a proibição de armas químicas] informações completas sobre o seu programa Novitchok”, numa referência ao agente neurotóxico desenvolvido pela então União Soviética no final do período da Guerra Fria.
Hoje, Londres considerou o Presidente russo Vladimir Putin diretamente responsável pelo envenenamento do ex-agente duplo Serguei Skripal e de sua filha Yulia, em 04 de março em Salisbury, sudoeste de Inglaterra. Na quarta-feira, a primeira-ministra britânica Theres amai tinha afirmado perante o parlamento que o ataque foi efetuado por dois oficias do serviço de informações miliares russo (GRU).
“Já foram adotadas em conjunto medidas para contrariar as atividades do GRU através da maior expulsão coletiva de agentes não declarados dos serviços de informações”, sublinham os países signatários, numa referência à expulsão de diplomatas russos decidida na sequência do envenenamento dos Skripal.
As conclusões do inquérito britânico “reforçam a nossa intenção de continuar a impedir as atividades hostis dos serviços de informações estrangeiros nos nossos territórios”, asseguram os cinco países aliados.
Downing Street precisou que Theresa May discutiu o caso com os presidentes francês, Emmanuel Macron, e norte-americano, Donald Trump, e ainda com a chanceler alemã Angela Merkel e com o primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau.
Em comunicado emitido na noite de quarta-feira, o ministério russo dos Negócios Estrangeiros “rejeitou firmemente estas insinuações” e prometeu continuar a apresentar factos para contrariar “a histeria antirrussa em torno do caso Skripal”.
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