Falando no final de um encontro com o primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, em Varsóvia, Rex Tillerson, o equivalente ao ministro dos Negócios Estrangeiros no figurino dos governos europeus, disse que esta iniciativa russa "pode minar a estabilidade e segurança global da Europa" e que a Rússia pode usar a energia como "uma arma política".

Em causa está o lançamento do Nord Stream 2, um gasoduto que liga a Rússia à Alemanha através do mar Báltico, no qual participam a Engie (França), Uniper e Wintershall (Alemanha), OMV (Áustria) e a anglo-holandesa Shell.

A Polónia argumenta que o gasoduto vai deixar países como a Polónia ou a Ucrânia vulneráveis à Rússia se este país decidir desligar o escoamento de gás para os países mais ocidentais da Europa.

O diplomata norte-americano defendeu a diversificação das fontes energéticas europeias para evitar a dependência do petróleo e gás da Rússia, um dos maiores produtores mundiais, e disse estar pronto a aumentar as vendas de gás natural liquefeito.