A cerimónia de assinatura do acordo foi precedida por discursos de Esper e do ministro dos Negócios Estrangeiros marroquino, Naser Burita, em que ambos manifestaram os sólidos laços existentes entre os Estados Unidos e Marrocos.
Tanto Esper como Burita sublinharam a aliança bilateral que une os dois países “há mais de 200 anos” e a importância da sua cooperação em assuntos delicados como a luta contra o terrorismo, o tráfico ilegal transfronteiriço de todos os tipos e a estabilidade regional.
Burita sublinhou “o papel do Marrocos na manutenção da paz e da segurança regional num ambiente geoestratégico altamente volátil”, uma alusão velada à Líbia e ao Mali, dois países africanos abalados pela violência e tensões.
O acordo hoje assinado é muito semelhante ao pacto firmado na quarta-feira com a Tunísia, válido igualmente para a próxima década.
Especialistas em Rabat consideram que a visita de Esper, que antes visitou a Tunísia e a Argélia, tem a ver com um esforço dos Estados Unidos para envolver os países magrebinos na busca de soluções mais estáveis para os conflitos na Líbia e no Mali.
Mas Esper limitou-se em seu discurso a elogiar o Marrocos “como um líder quando se trata de segurança” e sublinhar “a importância” da aliança com o país africano.
No campo estritamente militar, os EUA são o principal fornecedor de armas e equipamento militar para as forças armadas reais marroquinas (FAR) e, uma vez por ano – exceto em 2020 devido à pandemia -, tropas do exército dos Estados Unidos realizam em território marroquino manobras que estão entre as mais importantes do mundo pelos recursos mobilizados.
Nem os Estados Unidos nem o Marrocos referiram o conteúdo específico do acordo em forma de “roteiro” que os ligará nos próximos dez anos.
Antes da assinatura do acordo, Esper visitou a sede das FAR, onde o general Loudyi propôs ao norte-americano que o seu país investisse em Marrocos na indústria de defesa “para favorecer a transferência de tecnologia e a autonomia estratégica do Marrocos”, segundo a agência oficial MAP.
Esper e Loudyi concordaram que compartilham objetivos comuns, como “melhorar a prontidão militar, fortalecer as habilidades e desenvolver a interoperabilidade” dos exércitos.
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