“O nosso plano é de conseguir transportar as vacinas para os locais de imunização nas 24 horas seguintes à aprovação. Espero, por isso, que tenha início no segundo dia após a aprovação, ou seja, 11 ou 12 de dezembro”, disse Moncef Slaoui em declarações à CNN.
Este alto quadro acrescentou que, uma vez lançada esta campanha de vacinação massiva, o país deverá atingir a “imunidade coletiva” em maio.
“Normalmente, com o nível de eficácia que temos (95%), o facto de imunizar quase 70% da população permitirá ter uma imunidade coletiva. Segundo os nossos estudos, deverá acontecer em maio”, afirmou.
Para Moncef Slaoui o sucesso da campanha está também dependente do fator social, já que existe uma desconfiança em relação à vacina.
“Espero que baixe a perceção negativa que há em torno da vacina e que aumentem os níveis de aceitação. Vai ser essencial para nos ajudar”, afirmou.
Dez meses depois de se ter conseguido isolar e sequenciar o novo coronavírus, o grupo farmacêutico Pfizer e a BioNTech pediram na sexta-feira à Agência de Medicamentos dos Estados Unidos para autorizar a sua vacina contra a doença causada pelo novo coronavírus.
Este pedido era esperado há vários dias, uma vez que tinha sido publicado o resultado do ensaio clínico realizado desde julho em mais de 44 mil voluntários em vários países, segundo o qual a vacina seria 95% eficaz na prevenção da covid-19, sem efeitos secundários.
A agência dos Estados Unidos anunciou que a reunião do comité consultivo de vacinas para analisar o pedido deverá realizar-se em 10 de dezembro.
A opinião deste comité é consultiva. A decisão de autorizar ou não a vacina estará nas mãos dos cientistas da Agência de Medicamentos dos Estados Unidos. Se houver ‘luz verde’, a vacina poderá ser tomada ainda na primeira quinzena de dezembro.
O Governo, ainda liderado do Donald Trump, está a planear vacinar 20 milhões de pessoas em risco em dezembro e a partir daí 25 a 30 milhões por mês.
Os Estados Unidos são o país mais afetado pela doença em termos absolutos. Ultrapassaram a marca de 12 milhões de casos e registam mais de 255.000 mortes.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.381.915 mortos resultantes de mais de 58,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 3.897 pessoas dos 260.758 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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