O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, disse, na segunda-feira, estar “profundamente perturbado e desapontado” com uma sentença que considerou injusta.

A condenação de Kavala “é contrária ao respeito pelos direitos humanos, liberdades fundamentais e estado de direito”, disse Price, num comunicado.

Também a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, pediu na segunda-feira a “libertação imediata” de Kavala.

Baerbock considerou que o julgamento “esteve em flagrante contradição com as normas do Estado de direito e com as obrigações internacionais com as quais a Turquia se comprometeu como membro do Conselho da Europa e candidata à adesão à União Europeia (UE)”, de acordo com um comunicado.

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos pediu à Turquia para libertar Kavala, lembrou a ministra alemã.

O diretor da secção para a Europa da organização não-governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional (AI), Nils Muiznieks, também criticou, num comunicado, o que considerou uma “farsa da justiça” que “desafia o bom senso”.

Osman Kavala, de 64 anos, estava detido há quatro anos e meio. Foi acusado de tentar derrubar o governo do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, através do financiamento de manifestações antigovernamentais do chamado “movimento Gezi” em 2013 e do golpe de Estado falhado de 2016.

O caso Kavala deu origem no outono a uma crise diplomática, com Ancara a ameaçar expulsar vários embaixadores ocidentais, incluindo o dos Estados Unidos, que reclamavam a libertação do ativista.

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