Nuno Artur Silva falava na comissão parlamentar conjunta de Orçamento e Finanças e da Cultura e Comunicação, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).

"Será negociado este ano o novo contrato para o próximo triénio", afirmou o governante, quando respondia sobre questões colocadas por deputados de vários partidos sobre a Lusa.

"É claro que estamos a olhar com particular detalhe e sinalizámos essa situação como sensível e estamos a analisar a hipótese de antecipação da indemnização compensatória", referiu, numa alusão ao prolongamento do contrato da Lusa por um ano (em 2020) e que aguarda o visto do Tribunal de Contas.

O contrato de prestação de serviço público da Lusa terminou em 2019, mas tendo em conta que o Governo estava em final de legislatura, o mesmo foi prolongado, no verão passado, por um ano.

"Mas mais uma vez, o caso da Lusa como o caso da Cinemateca, não nos parece que faça sentido avançar com as medidas financeiras sem trabalharmos, ou seja, com a revisão financeira completa, sem trabalharmos no que deve ser o seu estatuto completo", salientou Nuno Artur Silva, em resposta às propostas de reforço financeiro apresentadas pelo Bloco de Esquerda (BE) e Partido Comunista Português (PCP).

O governante acrescentou que tal como a Cinemateca, com que já iniciaram conversações, é preciso saber qual o papel que pode ter no setor.

"A prorrogação do contrato é feita exatamente para pensarmos o que deve ser a Lusa como elemento estrutural, essencial, cada vez mais essencial no quadro atual da comunicação social e também - e isso me parece fundamental no caso da Lusa - no âmbito de uma política da língua", prosseguiu.

"Aquilo que pretendemos fazer, quer seja nas políticas de apoio ao cinema e ao audiovisual, quer seja na questão da comunicação social, é importante perceber que só faz sentido ser feita no âmbito de um horizonte muito amplo, que é o da defesa da língua, de uma diversidade artística contemporânea que tem estes dois vetores: o da informação e o da criatividade audiovisual", concluiu.

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