Num comunicado assinado por organizações como a Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (AEFCSH) da Universidade Nova de Lisboa e a Associação de Estudantes da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (AEFAUP), entre outras, o movimento estudantil considera que a opção do Governo mostra que este tem um projeto de “elitização e privatização” do Ensino Superior.

“Não temos nem nunca tivemos ilusões e estamos conscientes de que o Governo que agora toma posse tem um projeto de elitização e privatização do ensino superior público, caminho ao qual daremos firme combate”, refere o documento, também assinado pela Associação de Estudantes da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (AEESAD.CR) e pela Associação de Estudantes da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto(AEFBAUP).

Os estudantes consideram ainda que a decisão de não ter um ministério próprio para o Ensino Superior ocorre num contexto em que os problemas dos estudantes se agravam e “os sucessivos governos não têm dado as respostas que se afiguram necessárias”.

Além do fim da propina e outras taxas de emolumentos, os estudantes pedem igualmente mais alojamento estudantil, mais ação social, mais e melhores condições materiais e uma revisão democrática do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior.

Olhando para a composição do novo Governo, que dizem ser “continuação do anterior”, as associações consideram que a ausência de um Ministério próprio para o Ensino Superior mostra que os problemas dos estudantes “voltarão a não ser uma prioridade”.

“E é natural que assim seja face ao projeto de desmantelamento do caráter público do Ensino Superior deste Governo, continuação do anterior”, acrescentam.