"Obviamente, ele não vai assumir a derrota", disse Rudy Giuliani, o polémico advogado de Donald Trump numa conferência de imprensa marcada para ainda antes imprensa avançar a vitória de Biden, mas que aconteceu já depois das notícias de que o adversário de Trump tinha conseguido os vinte votos do Colégio Eleitoral da Pensilvânia.
Rudy Giuliani disse em Filadélfia que a campanha do ainda presidente dos Estados Unidos vai avançar com processos contra o processo eleitoral devido a "fraude". "Os processos vão começar a ser levados a tribunal na segunda-feira", disse Giuliani, advogado do candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, numa conferência de imprensa transmitida em vários meios de comunicação social, em que estava rodeado por alegados observadores republicanos que, disse, terão sido impedidos de inspecionar boletins de voto enviados por correio.
"Se não têm nada a esconder, permitem a inspeção. O republicano olha para o voto, o democrata olha para o voto — se não houver objeções, entra".
Rudy Giuliani, também antigo presidente da câmara de Nova Iorque, disse que "os votos por correio são mais suscetíveis a fraude", referindo ainda que Filadélfia, cidade tradicionalmente democrata, tem "um histórico muito grande de fraude eleitoral".
Uma responsável da Comissão Federal de Eleições (FEC, em inglês) assegurou hoje que “não há evidência de fraude” nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, conforme denunciou, sem apresentar provas, o governante e candidato republicano Donald Trump.
“Tem havido muito poucas queixas sobre a forma como se desenrolaram estas eleições”, afirmou Ellen Weintraub, comissária da FEC, uma agência federal independente encarregue de zelar pelo cumprimento das leis de financiamento de campanhas nos comícios nos Estados Unidos.
"Muito poucas queixas fundamentadas, deixem-me antes dizê-lo assim”, precisou a responsável em declarações à cadeia televisiva CNN, insistindo que “não há evidência de nenhum tipo de fraude eleitoral”, nem de que “tenham sido emitidos votos ilegais".
Segundo Rudy Giuliani, "não houve inspeção de um único boletim enviado por correio", acrescentando que a vantagem de cerca de 700 mil votos de Donald Trump no estado da Pensilvânia "desapareceu", considerando que é "matematicamente impossível" isso ter acontecido.
Rudy Giuliani disse que a campanha de Trump suspeita de 600 mil boletins em Filadélfia e 300.000 mil em Pittsburgh, também na Pensilvânia, estado cujos 20 votos do colégio eleitoral permitiram a Joe Biden ser anunciado Presidente segundo projeções da imprensa dos Estados Unidos.
O advogado de Trump disse ainda que a candidatura do ainda presidente verificou alegadas "irregularidades" em mais dez estados, pelo que os processos serão nacionais.
"É uma fraude, uma fraude absoluta, os boletins enviados por correio são altamente suspeitos", considerou.
O democrata Joe Biden tornou-se hoje no 46.º Presidente dos Estados Unidos da América ao derrotar o seu adversário republicano e detentor do cargo, Donald Trump, noticiou a agência Associated Press (AP).
Segundo a Reuters, o ainda presidente Donald Trump disse já que a sua campanha vai começar a contestar os resultados das eleições na próxima semana. Para o republicano, "esta eleição está longe de terminada".
"Todos sabemos porque está Joe Biden a apressar-se para se falsamente colocar como vencedor, e porque estão os aliados nos media a tentar tanto ajudá-lo: não querem que a verdade. venha ao de cima", afirmou num comunicado citado pela agência.
Nesta altura, Joe Biden e Donald Trump são os candidatos com mais votos sempre na história dos Estados Unidos. Biden reuniu mais de 74 milhões de votos e Trump ficou acima dos 70 milhões (bem acima dos que conseguiu em 2016, quando derrotou a democrata Hillary Clinton no Colégio Eleitoral).
As declarações de Giuliani foram feitas numa conferência de imprensa, este sábado. Depois, sucederam-se os relatos de alegados observadores republicanos, que dizem ter sido impedidos de acompanhar a contagem dos votos.
O dia das eleições foi na passada terça-feira, 3 de novembro, e a contagem ainda se arrasta. Porém, as projeções da imprensa permitem já avançar a vitória de Biden, 77 anos, o presidente-eleito mais velho de sempre nos Estados Unidos, e Kamala Harris, a primeira mulher vice-presidente no país liderado pelo Republicano Donald Trump nos últimos quatro anos.
Trump não tem mostrado sinais de aceitar a derrota e está a contestar judicialmente a contagem — sobretudo dos votos por correio —, recusando-se a aceitar os números. Como os votos presenciais foram contados primeiro a beneficiaram os republicanos, a campanha de Trump pedia que se parassem as contagens quando os estados começaram a averiguar os votos por correio, que beneficiam os democratas.
O novo presidente deverá tomar posse a 20 de janeiro, mantendo-se legalmente Donald Trump na presidência até lá.
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