O ex-procurador Ivan Meini disse à estação de rádio RPP “ser provável” que o Ministério Público peruano solicite a prisão preventiva enquanto decorre o julgamento de Toledo, que poderá permanecer numa prisão em Lima, onde o antigo Presidente Alberto Fujimori (1990-2000) e o ex-chefe de Estado Pedro Castillo (2021-2022) também se encontram detidos.
Toledo é acusado de receber dezenas de milhões de dólares em subornos da empresa brasileira Odebrecht.
Sobre o antigo Presidente recaem suspeitas de crimes de branqueamento de capitais, conluio e tráfico de influência, em relação aos contratos adjudicados à Odebrecht para a construção da Autoestrada Interoceânica entre o Brasil e o Peru.
Toledo foi detido em 2019 na Califórnia, onde viveu durante os últimos anos, e passou oito meses na prisão devido ao risco de fuga, tendo depois sido colocado em prisão domiciliária em março de 2020, com o surto da pandemia de covid-19.
O capítulo peruano do caso Odebrecht, o maior escândalo de corrupção na América Latina, envolveu também os antigos Presidentes Alan García (2006-2011), Ollanta Humala (2011-2016) e Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), bem como a candidata presidencial e líder do partido Força Popular Keiko Fujimori, filha de Alberto Fujimori.
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