Os Estados Unidos “estão a 100%” com o seu aliado nipónico, afirmou Donald Trump, numa conferência conjunta, depois de a Coreia do Norte ter lançado um míssil em direção do mar do Japão, o primeiro desde que o republicano assumiu o poder a 20 de janeiro.
“O lançamento norte-coreano de um míssil é totalmente intolerável”, afirmou, por seu turno, o primeiro-ministro japonês, que termina hoje a sua visita oficial aos Estados Unidos.
Shinzo Abe instou o regime de Pyongyang a cumprir as resoluções do Conselho de Segurança da ONU que proíbem o desenvolvimento nuclear militar e limitam a tecnologia de mísseis.
A aparição conjunta no ‘resort’ de Mar-a-Lago (Florida), propriedade de Donald Trump, teve lugar depois de um jantar entre os dois líderes, que tentaram por via desta visita estabelecer uma relação pessoal mais próxima.
Na breve aparição, Trump e Abe limitaram-se a garantir que estão “100%” juntos contra as provocações do regime de Kim Jong-un, sem especificar se irão procurar novas sanções internacionais ou unilaterais contra Pyongyang.
Horas antes, o Pentágono indicou que estar a analisar as caraterísticas do lançamento. Apesar de esperar ter mais detalhes em breve foi levantada a possibilidade de ter-se tratado de um míssil balístico de médio alcance.
O míssil foi lançado pelas 07:55 (22:55 de sábado em Lisboa) da base aérea de Banghyon, situada na zona oeste da Coreia do Norte, e seguiu para este, em direção ao mar do Japão, referiu o ministério sul-coreano, indicando não ser possível determinar ainda o tipo de míssil.
O míssil percorreu cerca de 500 quilómetros, até cair no mar, de acordo com o Estado-Maior Conjunto de Seul.
O lançamento coincide com a visita de Abe aos Estados Unidos, mas seria esperado também por outra razão.
Seul advertiu, esta semana, que a Coreia do Norte poderia estar a preparar “novas provocações” por volta de dia 16, altura em que se comemora o 75.º aniversário do nascimento do “querido líder” Kim Jong-il – pai do atual dirigente do país, Kim Jong-un, conhecido por ter impulsionado o programa de armas nucleares -, segundo afirmou o primeiro-ministro e Presidente sul-coreano em exercício, Hwang Kyo-ahn.
Esta data (16 de fevereiro), conhecida como o “Dia da Estrela Brilhante”, em homenagem ao pai do atual líder é uma das mais importantes festividades da Coreia do Norte.
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