A notícia é avançada pela agência internacional Reuters, que confirmou a informação junto de autoridades norte-americanas, esta quinta-feira.

Os Houthis, que controlam a maior parte do Iémen, têm como alvo as rotas marítimas do Mar Vermelho para mostrar o seu apoio ao Hamas, o grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza. Os ataques perturbaram o comércio internacional na principal rota entre a Europa e a Ásia, que representa cerca de 15% do tráfego marítimo mundial.

Acredita-se que estes sejam os primeiros ataques que os Estados Unidos realizaram contra os Houthis no Iémen desde 2016, de acordo com a Reuters.

As autoridades citadas pela agência, que falaram sob condição de anonimato, sublinham que em breve será esperada uma declaração formal sobre os ataques.

Uma das autoridades norte-americanas disse à Reuters que os ataques foram realizados por aeronaves, navios e submarinos.

O oficial Houthi, Abdulsalam Jahaf, também escreveu na rede social X (antigo Twitter) que a “América, Grã-Bretanha e Israel estão a lançar ataques”.

“Vamos discipliná-los se Deus quiser”, acrescentou em outra publicação.

Jahaf confirmou ainda que as cidades de Dhamar, Sanaã e Hodeidah, que abriga o principal porto do país no Mar Vermelho, também foram alvo de ataques.

O canal norte-americano NBC News também foi informado por duas autoridades que as forças dos EUA e do Reino Unido estavam a atacar vários locais no Iémen com caças e barcos da Marinha. Segundo o canal, os navios dispararam mísseis de cruzeiro Tomahawk.

Recorde-se que, na quarta-feira, Reino Unido e Estados Unidos repeliram "o maior ataque" dos rebeldes Houthis "até à data" no Mar Vermelho, segundo confirmou Grant Shapps ministro da Defesa britânico, nas redes sociais.