A mudança de posição do ex-vice Presidente norte-americano, que já tinha apoiado a controversa emenda ‘Hyde’, surge após dois dias de duras críticas de rivais e de grupos de defesa das mulheres.
A emenda proíbe o financiamento da interrupção voluntária da gravidez com verbas federais, salvo em casos de gravidez de risco para a mãe ou causada por violação ou incesto.
Numa intervenção, durante um evento de angariação de fundos para o Partido Democrático, Joe Biden não mencionou as críticas de que foi alvo esta semana, mas concordou que a emenda afeta, sobretudo, mulheres pobres e negras.
A mudança de posição prende-se também com as recentes restrições ao aborto nos estados do Alabama e da Georgia, justificou o ex-vice Presidente de Barack Obama.
“Tenho lutado contra os problemas que [a emenda] Hyde apresenta”, afirmou Biden, na abertura de um discurso dedicado principalmente ao direito de voto.
“Quero ser claro: não peço desculpas pelo minha última posição. Não peço desculpas pelo que estou prestes a dizer”, disse o candidato democrata, limitando-se a acrescentar que “as circunstâncias mudaram”.
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