A agência noticiosa espanhola EFE constatou antes do meio-dia (hora local) que o número de manifestantes continuava a aumentar, com alguns a exibirem cartazes a exigirem a revogação da medida.

Em frente, um grupo mais numeroso contra o direto ao abordo celebrava a decisão da principal instância judicial do país, com cantos e danças, mas sem sinais de tensão entre os dois grupos, indicaram as agências internacionais.

Por outro lado, a principal organização de planeamento familiar norte-americana prometeu continuar “a lutar” após a deliberação, que põe termo a quase 50 anos de direito ao aborto nos Estados Unidos.

“Decerto que sentem muitas emoções, dor, cólera, confusão. É normal, estamos convosco e não deixaremos de lutar por vós”, indicou a Planned Parenthood através da rede social Twitter.

O Supremo Tribunal dos EUA anulou hoje a proteção do direito ao aborto em vigor no país desde 1973, que permitirá a cada Estado decidir se mantém ou proíbe tal direito.

Os juízes da mais alta instância judicial norte-americana, atualmente com uma maioria conservadora, decidiram anular a decisão do processo “Roe vs. Wade”, que protegia como constitucional o direito das mulheres ao aborto.

Esta decisão não torna ilegais as interrupções da gravidez, mas devolve ao país a situação vigente antes do emblemático julgamento, quando cada Estado era livre para autorizar ou para proibir tal procedimento.