“Continuamos interessados em tentar encontrar uma maneira de dialogar, mas isso depende dele [do líder norte-coreano]”, disse o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson.
Em declarações aos jornalistas no Departamento de Estado, em Washington, Tillerson afirmou que não comentava às últimas informações provenientes do regime norte-coreano, que divulgou que tinha concluído os planos para testar mísseis balísticos perto do território americano da ilha de Guam, no Pacífico, mas que não o irá colocar em prática imediatamente.
Na segunda-feira, Rex Tillerson e o secretário da Defesa norte-americano, James Mattis, assinaram um artigo de opinião, publicado no jornal The Wall Street Journal, no qual garantiram que os Estados Unidos não pretendem uma mudança de regime na Coreia do Norte ou a aceleração da reunificação da Península Coreana, mas sim a desnuclearização daquela região.
No texto, Tillerson e Mattis indicaram que o objetivo da “campanha de pressão pacífica” dos Estados Unidos foi a desnuclearização da Península Coreana e não uma mudança de regime.
“Não temos qualquer desejo de infligir danos ao povo sofredor da Coreia do Norte, que é distinto do regime hostil em Pyongyang”, escreveram os dois responsáveis.
“Estamos a substituir a política fracassada da ‘paciência estratégica’… com uma nova política de responsabilidade estratégica”, acrescentaram.
E indicaram igualmente que “não procuram qualquer pretexto para estacionar tropas a norte da zona desmilitarizada (que marca a fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul)”.
Este editorial assinado por Tillerson e Mattis está a ser encarado como um contraponto às declarações bélicas feitas na semana passada por Trump após várias ameaças e ações do regime norte-coreano, em particular os testes a dois mísseis balísticos intercontinentais com capacidade de atingir o território norte-americano.
Após o regime de Pyongyang ter declarado que estava a considerar um plano para atacar com mísseis as bases militares no território americano da ilha de Guam, Trump avisou a Coreia do Norte de que “era melhor não fazer mais ameaças aos Estados Unidos” e prometeu uma resposta com “fogo e fúria como o mundo nunca viu”.
Em outras mensagens na rede social Twitter, Trump assegurou que o arsenal nuclear dos Estados Unidos é “o mais poderoso e forte de sempre”, bem como afirmou que a opção militar estava pronta para ser acionada.
O editorial de Tillerson e Mattis também está a ser encarado como uma forma de tranquilizar a China sobre as intenções americanas.
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