O documento apresentado pelos republicanos no Comité de Segurança Nacional do Senado assegura que cerca de 50.000 mensagens de texto entre dois investigadores do FBI mostram que estes e outros foram flexíveis numa investigação sobre a candidata democrata às eleições presidenciais de 2016, Hillary Clinton, enquanto lançavam uma outra investigação sobre a campanha de Trump.

"As novas mensagens do FBI são bombas!", escreveu Trump no Twitter esta quarta-feira, após a publicação do relatório.

O texto dos republicanos diz que as mensagens pessoais entre o agente do FBI Peter Strzok e a advogada Lisa Page sugerem uma parcialidade em relação a Hillary que terá influenciado a investigação sobre o uso de informação confidencial de um servidor privado de e-mail quando esta era secretária de Estado.

O relatório acrescenta que as mensagens aumentam a dúvida sobre se existiu ou existe "qualquer animosidade pessoal e/ou parcialidade política a influenciar as ações do FBI em relação ao presidente Trump".

O texto chega num momento em que a Casa Branca negoceia a possibilidade de o presidente ser interrogado por Robert Mueller, o procurador especial que investiga o possível conluio da campanha de Trump com a Rússia nas eleições presidenciais de 2016.

Mueller, que é ex-diretor do FBI, investiga se Trump tentou obstruir o seu trabalho, um ato que poderia pôr em risco a sua liderança.

O comité de segurança publicou 500 páginas de mensagens entre Strzok e Page, quando estes mantinham uma relação pessoal e trabalhavam nas investigações de Clinton e Trump.

Muitas das mensagens são sobre temas de trabalho, mas também mostram como comentários depreciativos sobre Trump, antes e depois das eleições.

Isto reforça as alegações dos republicanos de que a decisão de 5 de julho de 2016 do então diretor do FBI, James Comey, de não acusar Clinton, havia sido tomada antes mesmo de a interrogar, favorecendo a candidata democrata.