“Continuamos a apoiar a defesa das legítimas preocupações de segurança da Turquia como aliada da NATO e parceiro fundamental no esforço para derrotar o [grupo ‘jihadista’] Estado Islâmico”, afirmou a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Heather Nauert.
“No entanto, instamos a Turquia a exercer contenção e a garantir que as suas operações militares permanecem limitadas em alcance e duração e que são escrupulosas, para evitar baixas civis”, sublinhou Nauert num comunicado oficial.
O Irão expressou hoje a sua preocupação em relação à ofensiva militar aérea e terrestre lançada no sábado pela Turquia no noroeste da Síria, indicando que a “acompanha de perto”, num comunicado divulgado pelo ministério dos Negócios Estrangeiros.
Teerão “espera que a operação termine imediatamente, para evitar que a crise se agrave no norte da Síria”, acrescenta o texto.
A República Islâmica, que apoia, com Moscovo e Ancara, o processo de Astana, que permitiu criar zonas de redução de conflito na Síria, apelou à Turquia para não “atiçar as tensões”.
O Irão e a Rússia são os dois principais aliados do Presidente sírio, Bashar al-Assad, ao passo que a Turquia apoia a oposição síria e vê com maus olhos a instalação de combatentes curdos na sua fronteira.
A coligação internacional de combate aos ‘jihadistas’ anunciou a 14 de janeiro que estava a trabalhar para criar uma força fronteiriça no norte da Síria, composta nomeadamente pelas Unidades de Proteção do Povo (YPG), uma milícia curda classificada por Ancara como “organização terrorista”.
O exército turco lançou no sábado uma grande operação na região de Afrine, batizada como “Ramo d’Oliveira”, multiplicando os ataques aéreos e os bombardeamentos de artilharia contra posições dessa milícia.
O Irão espera “do Governo turco, enquanto Estado garante” do processo de Astana, “que mantenha o seu compromisso com vista a uma solução diplomática da crise síria e continue a desempenhar um papel construtivo e a assumir as suas responsabilidades”, escreveu o MNE iraniano.
A ofensiva turca foi lançada no mesmo dia em que Moscovo anunciou a realização, a 30 de janeiro, em Sotchi (sudoeste da Rússia), de um Congresso do Diálogo Nacional Sírio, patrocinado pelos apoiantes do processo de Astana.
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