O "Super Garuda Shield 22", exercício anual realizado na Indonésia, foi feito após as manobras chinesas em torno de Taiwan, em resposta à visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, à ilha reivindicada por Pequim.
Os Estados Unidos e os seus aliados na Ásia expressaram uma crescente preocupação pela intensificação da presença chinesa no Pacífico, embora Washington afirme que estes exercícios militares, que decorreram quase em simultâneo com as manobras chinesas em Taiwan, não estão direcionados contra nenhuma nação.
"A ação desestabilizadora da República Popular da China contra Taiwan é exatamente o que queremos evitar", disse o almirante John Aquilino, chefe do Comando Indo-Pacífico dos EUA, em conferência de imprensa, após as manobras.
Mais de 4.000 soldados americanos e indonésios, apoiados por tropas da Austrália, Singapura e Japão, participaram no exercício, na ilha de Sumatra, Indonésia. Canadá, França, Reino Unido, India, Malaysia, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Papua Nova Guiné e Timor-Leste também participaram nas manobras.
Numa área montanhosa de Baturaja, os militares testaram mísseis antitanque Javelin, enquanto helicópteros Apache sobrevoavam a área disparando rajadas de metralhadora e mísseis. Esta foi a primeira vez que o exército da Austrália entrou num exercício militar em conjunto com as forças militares da Indonésia. As manobras decorreram durante duas semanas.
A operação foi vista pela China como uma "ameaça expansionista". O governo de Xi Jinping acusa os EUA de criar uma aliança Indo-Pacífica, semelhante à NATO. O chefe do exército indonésio, Andika Perkasa, negou que a ampla implantação de meios nesses exercícios anuais esteja relacionado com a progressiva tensão com a China.
*com AFP
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