Já se fazem sentir as consequências das chuvas fortes que eram esperadas apenas nos próximos dias em alguns países da Europa Central como a Áustria, a República Checa ou a Polónia.
Segundo avança a BBC News, em solo austríaco, as fortes chuvas e a neve já cortaram estradas, o que obrigou ao posicionamento do governador Karl Nehammer, que disse estar pronto para mobilizar até 1.000 militares, em caso de necessidade.
Prevê-se que algumas regiões acumulem entre 10 a 20 cm de chuva, sendo que nas regiões mais altas, especialmente nas montanhas, esse número pode ser superado.
As autoridades aconselharam os passageiros de transportes públicos, sobretudo, de comboio, a adiarem viagens não urgentes. Parte da linha ferroviária Tauern, entre Bad Hofgastein e Böckstein, na província de Salzburgo, já foi fechada devido à forte queda de neve.
Além da chuva e das inundações, são ainda esperados deslizamentos de terra e ventos fortes em Viena. A Caritas, organização de ajuda, já pediu voluntários para ajudar nas áreas do país que deverão ser mais afetadas.
Na Polónia, o primeiro-ministro, Donald Tusk, afirmou que "não há motivo para pânico", após comparecer numa reunião sobre o risco de inundações em Wroclaw, tendo em conta as previsões de 15 cm de chuva em quatro províncias do sul. De acordo com Tusk, as previsões "não são excessivamente alarmantes".
No entanto, o exército polaco está pronto para eventuais alertas.
Ainda que sem aparentes motivos para alarme, estima-se que em Malopolska, uma das quatro províncias do sul sob aviso, dois milhões de sacos de areia tenham sido armazenados para proteger as casas.
E, se antes eram apenas aquelas quatros localidades com alerta máximo de inundação, o Instituto Polonês de Meteorologia e Gestão da Água decidiu estendê-lo até à foz do Rio Odra, em Szczecin.
Por sua vez, a República Checa faz o que pode para não arriscar consequências devastadoras e semelhantes às que foram causadas pelas inundações, no país, há cerca de 20 anos. Em 2002, as estações de metro alagaram, os residentes precisaram de ser evacuados em barcos de borracha e alguns animais do zoológico de Praga morreram afogados.
Esta sexta-feira, um portão de aço, o Certovka, foi colocado no Canal do Diabo, um canal de água que corta o bairro histórico de Mala Strana, na capital checa, antes de se juntar ao Rio Moldava, para evitar alagamentos.
O portão Certovka faz parte de uma rede nacional de defesas contra as inundações que, segundo as autoridades, custou mais de mil milhões de euros.
No próximo fim de semana, a atenção das autoridades checas está virada para as regiões central e oriental do país, especialmente na Morávia do Norte, onde 50 pessoas perderam a vida, em 1997, nas inundações.
Comentários