“PSD e CDS apresentam-se, nestas eleições, assumindo-se como salvadores da Europa, que dizem ameaçada, mas não foram capazes de salvar Portugal do atraso e dos graves problemas que hoje enfrentamos, antes os agravaram com a sua política de direita e de conluio com toda a ofensiva desencadeada pela ‘troika’”, disse Jerónimo de Sousa.
O líder do PCP discursava num jantar com centena e meia de pessoas em Meca, freguesia do concelho de Alenquer, no distrito de Lisboa, à mesma hora em que o cabeça de lista da CDU, João Ferreira, participava num debate da RTP, com outros candidatos às eleições europeias de domingo.
“Dizem que querem salvar a Europa, mas não foram capazes de fazer nada para atenuar o sofrimento infligido ao nosso povo e antes o ampliaram, nomeadamente com os jovens forçados ao desemprego e à emigração”, sublinhou o líder comunista.
Num dia de campanha marcado pelo reaparecimento do ex-primeiro ministro e ex-presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, Jerónimo de Sousa foi perentório: ao ter liderado o Governo que aumentou a carga fiscal, o social-democrata “devia ter algum decoro, lembrar-se do que fez e assumir essa responsabilidade perante os portugueses”.
Perante os resultados das sondagens televisivas hoje anunciados, que apontam para um quarto lugar da CDU, a quatro dias do fim da campanha, o líder comunista apelou ao voto para se "avançar com o reforço da CDU e não andar para trás”, apesar de admitir a existência de “ameaças, de perigos”.
“Os resultados precisam de ser construídos, que ainda há votos a ganhar e pessoas para convencer”, advertiu.
Durante a tarde, Jerónimo de Sousa, disse que o partido “está a fazer” para manter o terceiro lugar nestas eleições e afirmou “estar confiante [nesse resultado] pelo ambiente” que tem encontrado na campanha.
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