“Começam nestes dias finais a surgir as sondagens e eu queria lembrar que as sondagens não votam, quem votam são as pessoas. E nós temos de facto também uma sondagem que resulta das muitas iniciativas que realizamos pelo país inteiro e essa sondagem o que nos diz? O acolhimento das pessoas em relação à nossa presença e aquilo que foi a nossa intervenção no plano nacional”, frisou Jerónimo de Sousa.
O líder comunista discursava para cerca de 70 militantes, depois de uma arruada pelo Laranjeiro, em Almada, no distrito de Setúbal, onde desvalorizou os resultados das sondagens televisivas anunciadas na segunda-feira, que apontam para um quarto lugar da CDU.
“Estes dias de campanha para alguns já não são necessários, mas para nós são, até porque é preciso continuar a ganhar mais votos. Camaradas, um apelo, não deixemos a tarefa aos nossos candidatos e deputados, façamos a nossa parte, porque isto ainda não está fechado”, sublinhou.
Aliás, para Jerónimo de Sousa, as sondagens não decidem resultados, apenas “influenciam, pressionam e tentam desmobilizar”, mas garantiu que essa estratégia “não resulta” com a CDU.
Neste sentido, o secretário-geral do PCP, indicou que as eleições europeias podem determinar o “rumo da vida política nacional”, estando em causa se vamos “avançar” ou “retroceder”, até porque se seguem as eleições legislativas, em outubro.
“Temos consciência que o Partido Socialista, o Governo minoritário do PS, tentará como já tentou, que isto vai lá é com maioria absoluta. Ora, aqui nesta terra de Almada, neste distrito de Setúbal, sabemos bem o que significou o PS com maioria absoluta e andou-se para trás nessa altura”, referiu.
Portanto, na visão de Jerónimo de Sousa, está em causa se o PS “fica com as mãos livres para fazer a política que sempre praticou”, com o PSD e CDS, ou se, com a CDU, será possível alcançar “o patamar novo de uma vida melhor”, em que ainda há muitos problemas por resolver em relação à saúde, educação, transportes, infraestruturas e défices estruturais demográficos.
“São problemas que precisam de uma política patriótica de esquerda”, defendeu.
Naquela que é a “marca de campanha” da CDU, através do contacto com a população, o líder comunista advertiu ainda para que ninguém se arrependa no dia 27, após o resultado das eleições, pois “a batalha é agora”.
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