Depois de uma manhã em Torres Novas, distrito de Santarém, a caravana do BE chegou a Braga, para uma arruada pelo centro da cidade, antes do comício noturno.

"Portugal está a ser um exemplo para toda a União Europeia porque mostrou que através do aumento de salários, de pensões e de combate à precariedade se consegue consolidar as contas públicas e ter melhor vida para as pessoas e melhores resultados e por isso é com alguma preocupação que vejo, durante esta campanha, a aproximação de António Costa à direita liberal, a Emmanuel Macron", criticou, um dia depois da visita do primeiro-ministro português a Paris.

Na perspetiva da eurodeputada recandidata bloquista, o Presidente francês, Emmanuel Macron, "não tem feito outra coisa a não ser flexibilizar mais e apostar mais na precariedade como uma forma de trabalho, ao mesmo tempo que tem baixado muito os impostos para as grandes fortunas".

"Isso é a antítese do caminho que foi feito em Portugal e é nesse sentido que digo: a Europa aprendeu com Portugal através do aumento de salários, de pensões e da melhoria de vida. A aliança que António Costa está a construir ao longo destas europeias é para um futuro diferente, mas muito distinto e na antítese daquilo que foi feito em Portugal", criticou.

Sobre se o BE não quererá participar com o PS numa próxima legislatura devido a este futuro diferente, Marisa Matias reiterou que os bloquistas estão nos "antípodas de uma aliança que promova a precariedade, que promova a austeridade e que promova políticas sancionatórias como aquelas que promoveu".

"Não nos esqueçamos que nessa aliança está também a direita liberal que até ao último minuto continuou a defender sanções para Portugal", insistiu.

Questionada sobre números da VoteWatch relativamente às votações sobre as quais bloquistas e socialistas se entendem, Marisa Matias começou por afirmar que "não é tudo igual".

"A questão de fundo é o que é que pesa, aquilo que são os constrangimentos da política económica na União Europeia e não temos nenhum problema em afirmar que a nossa opção é muito distinta da opção pela austeridade, ou pelo tratado orçamental ou por aquilo que nos tem feito impedir de investir na saúde, na educação e em tudo o que é essencial para a vida das pessoas", explicou.

Para a número um da lista do BE ao Parlamento Europeu, "a cada dia que passa se nota que a campanha está mais forte".

"Creio que é um resultado do trabalho que temos feito e das propostas que apresentamos e as campanhas servem para isso mesmo, para se poder esclarecer as pessoas e sobretudo ouvi-las, que é muito importante", disse, no final de uma arruada onde se entoou "domingo eu voto no Bloco de Esquerda".

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