"O nosso objetivo é levar uma voz diferente ao PE, para defender os direitos dos trabalhadores, dos negros, da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros), daqueles que não têm tido voz", disse à agência Lusa Vasco Santos.

"Aqui em Setúbal, o problema dos estivadores não está resolvido, a precariedade está aí, está presente. Os estivadores têm dado um sinal ao país de que unidos podemos conseguir algumas coisas. É preciso acabar com as Empresas de Trabalho Temporário (ETT), que aqui no porto de Setúbal são Empresas de Trabalho Portuário (ETP). Umas são ETT, outras são ETP, mas são todas empresas de trabalho temporário", acrescentou.

Vasco Santos, que depois de uma ação de campanha junto dos estivadores tinha prevista uma reunião com a APSS, Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, defendeu também um papel mais interventivo desta entidade pública na gestão dos prolemas laborais no porto de Setúbal.

"A APSS, que é uma empresa pública, tem que assumir um outro papel. Não podemos estar à espera que sejam os privados a resolver os problemas que eles criam. E vivem deles", disse, lembrando que a concessão dos terminais portuários a entidades privadas "foi aprovada por um governo de José Sócrates (PS) e continuada pelos governos de Pedro Passos Coelho (PSD/CDS-PP) e António Costa (PS)".

"A Mota Engil, que tinha pago [pelas concessões] uma bagatela ao Estado português e depois acabou por vender por mais do dobro, mais do triplo, ou seja, comprou por 50, vendeu por 350 milhões de euros. O que acontece aqui, mais uma vez, é que o Estado acaba por ficar prejudicado neste negócio e os trabalhadores ficam muito mais precários. Na verdade esta precariedade começou com a Motas Engil, para vender um porto livre desse `incómodo´ que são os trabalhadores".

Apesar de considerar que a cobertura da campanha eleitoral das eleições para o Parlamento Europeu é desigual, Vasco Santos espera um bom resultado na votação do próximo domingo, que seria ainda melhor se conseguisse assegurar a eleição de um deputado europeu.

"Esperamos conseguir, apesar das dificuldades que existem, uma vez que os meios de comunicação social não fazem uma cobertura igual para todas as candidaturas. E as nossas ideias podem não chegar a uma parte da população", concluiu o cabeça de lista do MAS.

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