Os dados do gabinete oficial de estatísticas da UE revelam, todavia, que, em termos gerais, a “intensidade de I&D”, ou seja, as despesas em investigação e desenvolvimento em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), foi de 1,27% em Portugal (correspondentes a 2,3 mil milhões de euros), abaixo da média comunitária, de 2,03%.
Na análise das despesas de investigação e desenvolvimento nos Estados-membros da UE por setor de execução, contudo, Portugal surge à cabeça dos países que, entre o que gastaram, mais investiram em I&D no setor do ensino superior (45%, o mesmo valor que Lituânia e muito acima da média comunitária, de 23%).
Dos 2.348 milhões de euros gastos em I&D em Portugal em 2016, 48% foram no setor das empresas (contra 65% da média comunitária), 5% na administração pública (contra média da UE de 11%) e 2% no setor das organizações privadas sem fins lucrativos (e neste caso o dobro da média comunitária, de apenas 1%).
No cômputo geral, os Estados-membros da UE gastaram juntos mais de 300 mil milhões de euros em I&D, 2,03% do PIB global da UE, longe dos valores de Coreia do Sul (4,23%), Japão (3,29%) e Estados Unidos (2,79%), tendo Suécia e Áustria sido os que mais investiram (em ambos os casos mais de 3% do respetivo PIB).
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