Na sua intervenção no parlamento, o deputado André Silva lamentou que alguns partidos tenham nos últimos dias aludido à necessidade de um referendo sobre a despenalização da eutanásia quando isso não constava em qualquer programa eleitoral das últimas legislativas.
“Este é o tempo de decidir. O que ao final da tarde iremos decidir é se queremos que um ato de bondade continue ou não a ser um crime punível com pena de prisão. O que aqui hoje iremos votar é a despenalização da liberdade”, afirmou.
A Assembleia da República está hoje a debater e vai votar, na generalidade, cinco projetos de lei para despenalizar e regular a morte medicamente assistida em Portugal, um deles do PAN.
Para o deputado André Silva, o debate de hoje é sobre empatia, sobre solidariedade, coragem, sobre autonomia, liberdade e autodeterminação.
O representante do PAN entende ainda que os projetos de lei que vão ser votados são textos “fundados no maior rigor e precaução” e “garantem a formalidade e a segurança dos processos através de um enorme escrutínio e regulamentação”.
Apesar de assumir a complexidade da matéria em discussão, o PAN entende que o medo não pode “tolher a coragem” e impedir o parlamento e o país de avançar “no domínio da consagração de direitos, de alargar liberdades e de cuidar dos mais vulneráveis”.
“Despenalizar a morte medicamente assistida é defender um direito humano fundamental que está por cumprir, é decidir a quem pertence a vida de cada um, é reconhecer a última liberdade individual de alguém a poder ser ajudado no momento, porventura, mais difícil da sua vida”, declarou André Silva.
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