Park Geun-hye, de 66 anos, encontra-se já a cumprir uma pena de 24 anos de prisão, depois de ter sido condenada em abril no escândalo de corrupção que levou à sua destituição do cargo.

A anterior chefe de Estado da Coreia do Sul não estava presente na leitura da sentença, no tribunal do distrito central de Seul, que a condenou a seis anos de cadeia pelo desvio de fundos do Serviço Nacional de Informações (NIS) sul-coreano e a dois anos por uma intervenção ilegal na escolha de candidatos do seu partido conservador para as eleições legislativas de 2016.

Com estas duas penas, Park Geun-hye poderá cumprir um total de 32 anos na cadeia.
"A acusada recebeu cerca de três mil milhões de wons [2,6 milhões de euros] ao longo de três anos de três chefes do NIS. A acusada causou perdas consideráveis ao tesouro público com o seu crime", disse o tribunal.

A primeira mulher eleita presidente na Coreia do Sul foi destituída do cargo e presa em março de 2017, tendo sido declarada culpada de corrupção, abuso de poder e coação pelo tribunal que lhe aplicou ainda uma multa de 18 mil milhões de won (13 milhões de euros).

Segundo o juiz Kim Se-yoon, Park obrigou várias empresas sul-coreanas a entregar milhares de wons a duas fundações controladas pela  confidente e "amiga de 40 anos", Choi Soon-sil, conhecida como 'Rasputina'.

A filha mais velha do ditador militar Park Chung-Hee, que em 2013 se tornou chefe de Estado apresentando-se como a incorruptível "Filha da Nação", foi envolvida num escândalo que voltou a ilustrar as ligações perigosas entre o poder político e as empresas.

O Ministério Público tinha pedido 30 anos de prisão e o pagamento de uma multa de 118,5 mil milhões de won (89 milhões de euros), considerando que Park, como ex-Presidente, devia suportar a responsabilidade pelo escândalo.

Julgada em separado, a amiga Choi Soon-sil foi condenada em fevereiro a 20 anos de prisão.

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