“Ele vai fazer um ‘check-up’ porque, embora tenha tido uma evolução favorável nos últimos sete dias, não está completamente estável. Tem períodos curtos de arritmia”, afirmou o médico, citado pela agência EFE.

O ex-governante foi levado da sua casa luxuosa, em La Molina, para a clínica numa carrinha e, durante a viagem, mostrou-se abatido, mas acenou aos repórteres que seguiam o veículo.

Alberto Fujimori esteve sempre acompanhado do filho mais novo, o congressista Kenji Fujimori.

O ex-Presidente, de 79 anos, condenado por crimes contra a humanidade, deixou no dia 04 de janeiro, em liberdade, a clínica em Lima para onde tinha sido transferido antes de ser perdoado pelo atual chefe de Estado.

Alberto Fujimori, engenheiro de origem japonesa, foi condenado a 25 anos de prisão por corrupção e crimes contra a humanidade, por ter ordenado o assassínio de 25 pessoas por um esquadrão da morte durante a guerra contra os guerrilheiros do Sendero Luminoso (extrema-esquerda maoísta).

Cumpriu 12 anos da sentença e a 24 de dezembro último foi perdoado pelo atual chefe de Estado, Pedro Pablo Kuczynski.

A decisão suscitou várias críticas no estrangeiro, demissões no Governo e desencadeou manifestações no país, durante as quais Pedro Pablo Kuczynski foi acusado de ter negociado o perdão em troca da sua manutenção no poder com o apoio do movimento político fundado por Fujimori.

O perdão foi concedido três dias depois de o processo de destituição de Kuczynski ter sido chumbado no parlamento peruano, em parte devido à abstenção de Kenji Fujimori e de nove outros deputados do seu partido, Força Popular.

O processo de destituição do ex-Presidente foi pedido pelos alegados vínculos do atual chefe de Estado peruano à empresa brasileira Odebrecht, que reconheceu ter feito pagamentos de cerca de cinco milhões de dólares a firmas diretamente ligadas a Kuczynski, na altura ministro (2004-2013).

Na campanha eleitoral de 2016, o Presidente do Peru, de 79 anos, tinha prometido não libertar Fujimori.

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