Entre os feridos encontram-se turistas do Egito e da África do Sul.

"A explosão de um objeto estourou os vidros de um autocarro que transportava 25 pessoas da África do Sul e de um veículo que transportava quatro egípcios. Alguns passageiros dos dois veículos ficaram feridos, sem gravidade, e receberam atenção médica", informou uma fonte da segurança à AFP.

O explosivo foi detonado à passagem do autocarro, numa estrada perto do local da construção do novo museu das Antiguidades egípcias.

Imagens do local da explosão circulam nas redes sociais e mostram o autocarro danificado e detritos na estrada.

Na África do Sul, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Ndivhuwo Mabaya, afirmou à AFP que "alguns sul-africanos podem ter sido afetados" pelo ataque ocorrido neste domingo. Mabaya, porém, não forneceu precisões sobre o número de feridos.

"O embaixador está a tentar verificar as informações com as autoridades. Nós ativámos o nosso mecanismo de resposta de emergência e abrimos uma linha telefónica" para as famílias preocupadas em saber o paradeiro dos seus parentes, acrescentou.

O ataque acontece quando falta pouco mais de um mês para o início do Campeonato Africano das Nações, organizada no Egito de 21 de junho a 20 de julho.

A indústria do turismo no Egito foi  gravemente afetada pela instabilidade política e ataques após a revolta de 2011 que levou à queda do presidente Hosni Mubarak após 30 anos no poder.

De 14,7 milhões em 2010, o número de turistas caiu para 5,3 milhões em 2016, tendo recuperado em 2017.

Apesar das centenas de detenções e condenações de pessoas acusadas de terrorismo, os ataques continuam a ocorrer esporadicamente.

Em dezembro de 2018, três turistas do Vietname e um guia turístico egípcio morreram e pelo menos mais dez pessoas ficaram feridas quando uma bomba caseira explodiu na estrada por onde circulava o autocarro em que seguiam, a menos de quatro quilómetros de distância das pirâmides de Gizé.

(Notícia atualizada às 17h31)