Ana Pisco, diretora do Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Norte, afirmou à agência Lusa que "houve outro caso positivo", já depois do primeiro detetado em 20 de maio.
Por esse motivo, as autoridades de saúde decidiram realizar mais testes naquela indústria do distrito de Leiria, abrangendo mais 190 trabalhadores, tendo sido testados até agora 390 dos 850 trabalhadores.
Os testes começaram a ser realizados na terça-feira e os primeiros 50 deram negativo, adiantou à Lusa Mariana Rocha, trabalhadora da fábrica e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB).
Segundo a dirigente sindical, a segunda infeção foi um caso isolado que terá apresentado sintomas e terá sido sujeito a teste por prescrição do médico de família.
Dos 390, a maioria continua em quarentena e os trabalhadores infetados em isolamento profilático.
A Lusa pediu novos esclarecimentos à empresa e aguarda respostas.
Na sequência do primeiro caso de infeção detetado em 20 de maio, foram mandados para casa em quarentena e testados 200 trabalhadores, que acusaram negativo, divulgou na segunda-feira fonte da empresa.
"Todos os cerca de 200 trabalhadores enviados para casa na semana passada foram testados e os testes estão todos negativos", afirmou à agência Lusa John Merva, diretor da comunicação para a Europa da multinacional tailandesa Thai Union, a que pertence a conserveira European Seafood Investiment Portugal (ESIP).
O responsável explicou que, desde o início da pandemia, no âmbito do plano de contingência, a unidade "separou turnos e áreas", o que permitiu confinar o eventual foco de contaminação apenas aos trabalhadores que "estiveram em contacto com o profissional infetado".
Por isso, os restantes "não precisam de estar em isolamento ou serem submetidos a testes".
A indústria conserveira está a efetuar "trabalhos para melhorar as medidas de distanciamento social e a rever a separação de turnos para garantir a máxima segurança", adiantou.
Desde que foi detetado o caso positivo, a conserveira desinfetou áreas que foram usadas por esse trabalhador, incluindo salas de descanso, vestiários e áreas laborais.
Dentro do seu plano de contingência, a conserveira já tinha adotado a medição de temperatura à entrada de cada turno, o uso de equipamentos de proteção individual, a higienização regular das mãos e o reforço da limpeza.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 385 mil mortos e infetou mais de 6,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,8 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.455 pessoas das 33.592 confirmadas como infetadas, e há 20.323 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
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