Na carta a que a agência Lusa teve acesso, enviada há um mês ao presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), o diretor da Faculdade de Direito, Pedro Romano Martinez, refere que a instituição “encontra-se desde há algum tempo a atravessar uma situação de insegurança”, nomeadamente “furtos e roubos, assédio sexual e situações de perseguição e de ameaça” a alunos.
Por isso, a instituição pede à Câmara Municipal de Lisboa o “reforço da iluminação pública, praticamente inexistente” - na zona circundante da Faculdade de Direito e da estação do metro da Cidade Universitária -, e à PSP o aumento “de policiamento, em especial durante o período noturno e aos fins de semana”.
O documento vinca também que a “situação é agravada pela circunstância de muitas destas ocorrências terem lugar no período noturno, em que a vigilância é significativamente menor”, mas também dá conta de “episódios desta índole em pleno dia”.
“A maioria das ocorrências verifica-se no percurso entre a estação de metropolitano da Cidade Universitária e a porta de acesso à Faculdade de Direito, ou seja, em plena via pública, cuja segurança compete à Câmara Municipal de Lisboa e ao competente posto da Polícia de Segurança Pública”, dá conta a carta enviada ao município da capital.
Pedro Romano Martinez explica também, no documento, que “os esforços levados a cabo pela PSP” não são esquecidos, mas é, contudo, “necessário constatar a sua insuficiência”, elencando que a preocupação com a segurança naquela zona já “originou também a organização de um abaixo-assinado” por parte dos estudantes, “com mais de trezentas assinaturas”.
A Lusa contactou a autarquia e o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, mas não obteve resposta até ao momento.
Os edifícios da Faculdade de Direito situam-se na Alameda da Universidade, na Cidade Universitária.
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