O pedido dos familiares dos reféns israelitas foi feito por uma carta assinada a 3 de novembro e publicada hoje pelos meios de comunicação turcos, e solicita a Erdogan “a sua intervenção humanitária nesta crise que está a causar dor e angústia indescritíveis”.

Os familiares referem-se ao chefe de Estado turco como “o líder de uma das grandes potências da região, com grande influência no Médio Oriente, no mundo muçulmano e mais além”.

Na carta lembra-se que os familiares não conseguem ter contacto com os sequestrados desde 7 de outubro – quando o Hamas realizou uma série de ataques terroristas em Israel que deixaram 1.200 mortos e 239 reféns -, alertando ainda que a situação das pessoas raptadas “deteriora-se a cada hora que passa”.

“Apelamos, portanto, ao mais profundo nível humanitário, para que faça tudo o que estiver ao seu alcance para obter sinais de vida dos reféns, para que facilite o atendimento de todas as suas necessidades médicas sem demora e garanta a sua libertação imediata”, pedem os familiares.

Erdogan tem sido muito crítico dos ataques israelitas à Faixa de Gaza – que já causaram mais de 11.500 mortes, segundo o Governo do Hamas no enclave – e acusou o Governo de Israel de cometer crimes de guerra e genocídio contra os palestinianos, chegando ao ponto de dizem que Israel é um “Estado terrorista”.

O líder turco negou que o braço armado do Hamas seja um grupo terrorista, como é considerado pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, e descreveu-os como combatentes pela libertação do povo palestiniano.