Só poderá ser comprado com receita médica e não é considerado um medicamento, mas antes um produto de saúde preparado para inalar com um vaporizador. A flor seca, aprovada pelo Infarmed, pode apenas ser usada através de vaporização, com dispositivo médico certificado. De acordo com a RTP, um saco de 15 gramas terá o custo de 150 euros.
O produto poderá ser recomendado a doentes que sofram de dor crónica ou náuseas e vómitos provocados pela quimioterapia, no entanto, nem todos os doentes podem recorrer a esta terapêutica, como é o caso de doentes epiléticos.
Em declarações à RTP, o médico Artur Aguiar, do IPO do Porto, refere que irá essencialmente receitá-lo em situações em que os doentes o procuram pela dor, mas explica que existem outros alvos terapêuticos para tratamento com THC, como doenças inflamatórias.
A preparação que vai estar à venda nas farmácias, da empresa Tilray, que tem instalações em Cantanhede, usa dois componentes da canábis, 18% de THC e menos de 1% de canabidiol (CBD).
Em Portugal, a utilização de preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais está, segundo a Tilray, aprovada para várias indicações, “nos casos em que se determine que os tratamentos convencionais não produzem os efeitos esperados”.
Entre as várias utilizações, está a dor crónica (associada a doenças oncológicas ou ao sistema nervoso), espasticidade associada à esclerose múltipla ou a lesões da espinal medula, náuseas e vómitos (resultantes da quimioterapia, radioterapia e terapia combinada de HIV e medicação para a hepatite C) e estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes sujeitos a tratamentos oncológicos ou com SIDA.
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