A distância para a Capelinha das Aparições levou a que muitos peregrinos que se encontravam na lateral sul do santuário vissem o Papa por um dos écrans gigantes colocados no recinto.
Também virados para o écran gigante, muitos dos peregrinos, de lágrimas nos olhos e emocionados, rezaram em silêncio juntamente com o Papa Francisco, quando este se encontrava em oração na Capelinha das Apreciações.
“Aquelas pessoas ali à frente têm uma grande sorte”, confessou João Nunes, referindo-se aos peregrinos que estavam mais à frente e conseguiam ver o Papa Francisco.
João, que viajou de Oeiras, disse à agência Lusa que “só conseguiu ver um bocadinho do Papa, mas foi o suficiente”.
Também Inês manifestou à Lusa alguma desilusão por não ter conseguido ver o Papa mais de perto, mas mesmo assim confessou ter sentido “uma grande alegria, emoção e silêncio no fundo do coração, como uma espécie de tremor”.
De terço na mão, Inês disse ainda que “este Papa é de todos” e “comove muito”.
Outros peregrinos para conseguirem ver o Papa colocaram-se às cavalitas ou em cima de cadeiras desdobráveis.
“Estou às cavalitas para conseguir ver o Papa e tirar umas fotografias”, disse à Lusa Inês, que também lamentou não ter conseguido ver o Papa mais de perto.
Quando o Papa abandonou o recinto, pouco antes das 19:00, os peregrinos voltaram a despedir-se e a acenar com lenços, sendo a saudação “viva o Papa” seguida de palmas uma das mais ouvidas.
O Papa Francisco foi hoje recebido com entusiasmo por milhares de pessoas em Fátima, fez, em silêncio, uma longa oração junto à imagem de Nossa Senhora de Fátima e pediu a "concórdia entre todos os povos".
Jorge Mario Bergoglio, que no sábado vai canonizar os pastorinhos Francisco e Jacinta, chegou às 16:10 à base de Monte Real, sendo recebido pelas três principais figuras do Estado – o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.
Francisco é o quarto Papa a visitar Fátima. Os anteriores papas que estiveram no maior templo mariano do país foram Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991, 2000) e Bento XVI (2010).
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