O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, espera que se repita o milhão de visitantes verificados na edição do ano passado, numa feira que “atinge o seu patamar máximo de amadurecimento ao fim de quatro anos de investimento”.

Em declarações aos jornalistas no final de uma visita ao recinto da feira, o autarca destacou as apostas feitas na reorganização dos espaços, na segurança, na higiene (com quatro casas de banho) e na recuperação da história.

As tradições estão bem presentes na feira, com as enguias, que este ano ganharam coloridas casas novas orçadas em 75 mil euros, os 30 artesãos que rotativamente irão ocupar um espaço a si dedicado, as farturas e os divertimentos, acrescentou.

Almeida Henriques frisou que, a tudo isto, se junta um cartaz “de grande qualidade”, que mistura nomes internacionais com artistas locais.

O cartaz apresenta nomes como Seu Jorge, Paula Fernandes, Matias Damásio, Nélson Freitas, HMB, Áurea, Marco Paulo, Resistência, Paulo de Carvalho, José Cid, David Carreira, AGIR, DENGAZ, Diogo Piçarra e April Ivy.

Haverá ainda lugar para o fado, com Cuca Roseta, Fábia Rebordão, Mara Pedro, Carla Linhares e Catarina Rocha, e para as músicas alternativas de Capitão Fausto, Savanna e You Can’t Win Charlie Brown.

O autarca destacou o espetáculo de abertura, na sexta-feira à noite, pela “Orquestra 625 - Bombos, amuletos, tachos e demais objetos da feira”.

Trata-se de um projeto artístico comunitário, de reportório e natureza originais, que nasceu de um desafio lançado em parceria pelo município e Viseu Marca à Gira Sol Azul.

Almeida Henriques reiterou que a Feira de S. Mateus, que este ano tem um orçamento de 1,7 milhões de euros, é um projeto autossustentável.

“Quando amanhã (sexta-feira) abrirmos as portas da feira, 70% deste orçamento já está coberto e os restantes 30% ficam dependentes da bilheteira”, frisou.

O autarca mostrou-se convicto de que, à semelhança do ano passado, “a feira vai dar lucro, para se poder investir ao longo do ano noutras atividades culturais”.

O funicular que atravessa o recinto da feira continuará a funcionar porque, segundo Almeida Henriques, é muito importante “haver este meio de ligação entre a feira e o centro histórico”.

Atendendo a alguns acidentes ocorridos noutros anos, foram feitas algumas alterações, como uma melhor sinalética e a colocação de borrachas que esbatem a distância entre os carris, “para que mesmo uma criança não corra riscos”, explicou.

Por isso, Almeida Henriques considerou que só haverá algum problema se “alguém, muito inadvertidamente, violar as regras de segurança” que foram criadas.