De acordo com fonte da Distrital, Barbosa obteve cerca de 979 votos na votação para a comissão política e Cecília Meireles 672, ao passo que a candidatura do vencedor aponta para um triunfo por cerca de 60% dos votos, num distrito que conta com cerca de 6.500 militantes.
Em comunicado enviado à Lusa, Barbosa destacou que a sua candidatura ganhou “contra tudo e contra todos”, que a “partir de hoje” tem “tudo para servir todos”, mas lamentou que as eleições tenham mostrado “o pior que o partido é capaz de fazer”, nomeadamente “o modo de fazer política com medo”.
No discurso de vitória, Fernando Barbosa afirmou que “em democracia ganha-se e perde-se com votos”, assinalando que “há muito mais que se pode ganhar e perder em democracia”.
“Em democracia pode ganhar-se o respeito mas perder-se a confiança. Este ato eleitoral mostrou o melhor que o partido tem e o pior que é capaz de fazer”, observou.
Na sua perspetiva, “mostrou o melhor”, ou seja, “as pessoas com convicções fortes e firme determinação, mostrando um partido com vontade de vencer e crescer para além dos horizontes do centralismo do passado”.
“Mas estas eleições mostraram também o pior, o modo de fazer política com medo. O medo de perder não se sabe bem o quê, mas que leva a tudo fazer para vencer a qualquer custo, seja qual for o real preço a pagar”, lamentou.
Para Barbosa, a vitória foi “um caminho difícil” mas fez-se “história”.
“As bases escolheram um futuro diferente para o distrito do Porto. O CDS/PP é um partido de quadros, sim, mas o distrito agora confirma também que não é um partido dos quadros”, frisou.
A adversária de Barbosa na corrida à presidência da distrital é vice-presidente do partido liderado por Assunção Cristas e foi, nas recentes eleições para a concelhia do CDS/Porto, mandatária de Catarina Araújo, vereadora do independente Rui Moreira (presidente da Câmara do Porto), que saiu derrotada no escrutínio por Isabel Menéres, advogada e professora universitária.
Meireles, deputada do CDS pelo distrito do Porto, anunciou a 20 de abril a intenção de se candidatar a sucessora de Álvaro Castello-Branco, que lidera a distrital desde 1998 e cujo mandato termina a 14 de julho.
Para Barbosa, é agora importante “dar tudo para fazer crescer o partido” no distrito do Porto e “contribuir para o fazer cada vez maior também no país”.
“Ganhámos ainda mais força nas nossas convicções e ficamos mais determinados para cumprir os nossos objetivos. Os órgãos nacionais sabem, devem saber, que podem contar com o distrito”, afirmou.
Para o vencedor, “um partido que saiba descentralizar e que saiba dar voz às concelhias, é um partido mais preparado para crescer e ambicionar ser cada vez maior”.
“Somos gente de trabalho, de combates. Somos gente de convicções, de ações e não só de intenções”, vincou.
Barbosa sustenta que, no distrito do Porto “o CDS/PP será diferente”.
“Tal como afirmei na minha apresentação de candidatura, “nós temos o vento norte a indicar o caminho e um rio de ouro corre nas nossas veias”, lembrou.
A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, escusou-se no sábado a comentar a polémica em torno das eleições para a liderança da distrital do Porto.
O mandatário da candidatura de Fernando Barbosa, adversário de Cecília Meireles na liderança da distrital do Porto do CDS-PP, afirmou na sexta-feira que todos os militantes da Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos (FTDC) estavam impedidos de votar nas eleições de hoje.
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