No dia 7 de dezembro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) convocou o embaixador do Iraque em Portugal, tendo renovado o pedido de levantamento da imunidade diplomática dos seus filhos, no âmbito do caso da agressão de um jovem em Ponte de Sor.
Em esclarecimentos à RTP, o MNE disse continuar sem resposta ao pedido de levantamento da imunidade diplomática e que não recebeu qualquer notificação sobre a viagem dos irmãos.
No seguimento da notícia avançada pela estação pública, o Expresso adianta que os inspetores do SEF reconheceram os irmãos gémeos e alertaram o Ministério Público para confirmar se existia algum impedimento à saída dos filhos do embaixador iraquiano do país.
De acordo com a publicação, o Ministério Público indicou que não existiam motivos para impedir o embarque, uma vez que os jovens têm o passaporte válido e não estão sob qualquer medida de coação.
No entanto, a saída dos irmãos iraquianos de Portugal não causou surpresa para a defesa do jovem português agredido. Santa-Maria Leonardo, advogado do jovem de Ponte de Sor, esclareceu ao Expresso que já tinha conhecimento de uma possível saída dos jovens e da restante família a residir no país nesta altura do ano.
A 17 de agosto, o jovem Rúben Cavaco foi agredido em Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, alegadamente pelos filhos do embaixador do Iraque em Portugal, gémeos de 17 anos.
A vítima sofreu múltiplas fraturas, tendo sido transferido no mesmo dia do centro de saúde local para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, tendo chegado a estar em coma induzido. O jovem acabou por ter alta hospitalar no início de setembro.
Os dois rapazes suspeitos da agressão são filhos do embaixador iraquiano em Portugal, Saad Mohammed Ali, e têm imunidade diplomática, ao abrigo da Convenção de Viena.
[Notícia atualizada às 22:39]
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