No comunicado, a FNAM explica que o ministério liderado por Ana Paula Martins "recusou os pedidos das várias Unidades Locais de Saúde para a abertura de vagas para a contratação de médicos especialistas nas áreas da medicina geral e familiar (MGF), saúde pública (SP) e hospitalar", considerando que a "recusa é incompreensível, mas coerente com a irresponsabilidade da tutela na garantia do reforço de médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS)".

A FNAM acusa o ministério de "falta de competência e vontade política em abrir as vagas necessárias para a contratação de médicos especialistas hospitalares", considerando que as dificuldades de resposta nos serviços de urgência, no acesso e tempo de espera para consultas e cirurgias programadas, vai aumentar, fazendo também com que o "número de utentes sem médico de família aumente", sobrecarregando ainda mais "as equipas que ainda restam no SNS", pode-se ler.

Explicando a situação na ULS do Tâmega e Sousa, "das onze vagas pedidas para MGF e das duas pedidas para SP, só abriram uma de cada, e das mais de duas dezenas de vagas para a área hospitalar, só abriu uma. Na ULS de Santo António foram pedidas 22 vagas de várias especialidades, mas apenas oito foram garantidas, e na ULS de Trás os Montes e Alto Douro foram pedidas 24 e apenas 15 foram concedidas", pode-se ler ainda.

A FNAM vai questionar diretamente a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, sobre as razões "de mais um deslize com impacto negativo para o SNS e na prestação de cuidados de saúde à população", finaliza o comunicado.