“A FNE sublinha a necessidade de se evitarem medidas temerárias, que alguns apressadamente estão a exigir, e que acabem por desencadear um novo pico de infeções de covid-19, provocar um novo encerramento das escolas e anular todos os resultados que à evidência se estão a conseguir no período de confinamento que atualmente decorre”, escreve a estrutura sindical em comunicado.
Para os representantes dos trabalhadores docentes e não docentes das escolas, o regresso às aulas presenciais é desejável, mas a decisão de reabrir as escolas deve depender do parecer das autoridades científicas.
Esse regresso, continuam, tem de ser “feito com prudência e sem precipitação” e com o reforço de medidas de segurança sanitária.
Particularmente preocupada com as novas variantes do SARS-CoV-2, a FNE defende a necessidade de rever as orientações do Ministério da Educação e da Direção-Geral da Saúde que guiaram a preparação do ano letivo, argumentando que essas já não são suficientes.
Em concreto, a estrutura sindical refere o distanciamento físico em contexto escolar, o número de alunos por sala de aula e a realização sistemática de testes rápidos de antigénio.
A FNE vai mais longe e defende também que os docentes e não docentes seja prioritários na vacinação contra a covid-19.
“Esta é uma medida que não só contribuirá para garantir maior proteção a todos os trabalhadores das escolas, como ainda reduzirá o risco de novas interrupções das atividades letivas presenciais nos próximos meses”, referem.
Os estabelecimentos de ensino estão encerrados desde o final de janeiro, quando o Governo anunciou a suspensão das atividades letivas durante duas semanas, que seriam compensadas no Carnaval, Páscoa e numa semana extra do final do ano letivo.
Entretanto, as aulas foram retomadas há duas semanas, mas em regime de ensino à distância, não havendo ainda data para o regresso às escolas.
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