Fernando Bernardo, diretor-geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), apresentou a demissão do cargo que ocupava há quatro anos. A notícia é avançada pela TSF e foi confirmada pelo SAPO24 através fonte oficial do ministério da Agricultura que revelou ainda que a ministra Maria Céu Antunes  já aceitou o pedido.

A decisão do diretor-geral da DGAV acontece quatro dias depois de o primeiro-ministro, António Costa, durante o debate sobre o Estado da Nação, ter classificado como "absolutamente intolerável" o incidente em Santo Tirso que levou à morte de dezenas de animais no passado fim de semana, e ter assumido repensar o quadro legal e a "orgânica do Estado" nesta matéria.

"Eu não estava cá mas vi aquilo que foi de facto o que disse, e bem, o massacre chocante dos animais em Santo Tirso", disse Costa antes de tecer duras críticas ao organismo que era dirigido até hoje por Fernando Bernardo.

"Não tenho dúvidas que temos que repensar [a orgânica do Estado] porque obviamente a DGAV não está feita para cuidar de animais de estimação e manifestamente não tem revelado capacidade ou competência de se ajustar à nova realidade legislativa que temos".

O incêndio que deflagrou em 18 de julho e consumiu parte de um terreno no qual se encontravam diversas instalações de abrigo de animais, "vitimou um total de 69 cães e quatro gatos", tendo sido recolhidos com vida pelo menos 190 animais.

Neste âmbito, o Ministério da Agricultura indicou que os dois abrigos afetados pelas chamas "não têm qualquer registo" na DGAV, o ministro da Administração Interna determinou a abertura de um inquérito à atuação da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Proteção Civil no incêndio e a Procuradoria-Geral da República anunciou a abertura de um inquérito do Ministério Público ao caso.

*com Lusa

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